Semente Há mais de 20 anos na Amazônia, a Natura vê nos últimos meses o debate ambiental avançar no meio empresarial brasileiro, segundo João Paulo Ferreira, presidente da companhia. Para o executivo, ficou evidente que é possível produzir sem desmatar e muitos setores já mostram isso, até o agronegócio. “Mas ainda não é o bastante”, diz. Ele avalia que o governo é o agente mais importante para promover conservação do ambiente e inclusão, porém, a falta de diálogo preocupa.
Verde “Acredito que pode haver boas intenções, mas tem sido preocupante a falta de diálogo em torno de propostas sustentáveis para a Amazônia. Só teremos desenvolvimento sustentável e uma sociedade mais equilibrada, se cidadãos, universidades, ONGs e empresas forem ouvidos em diálogo construtivo com o poder público”, afirma.
Atmosfera Ferreira sugere que sejam estabelecidos incentivos para o uso sustentável da biodiversidade, além de programas para fortalecer a agricultura familiar e de comunidades tradicionais.
Processo Para as empresas que estão ingressando em projetos ambientais, o presidente da Natura diz que não é só compliance. “Precisa estar ligado à geração de valor. É perceber que sustentabilidade é bom negócio”, diz ele.
Espelho Desde 2011, a Natura, que está perto de ser a quarta maior empresa de beleza do mundo, calcula ter investido mais de R$ 1,5 bilhão em negócios na Amazônia.
PROSA
"O empresariado precisa demonstrar mais envolvimento em temas sociais e ambientais. O comportamento empresarial tem força para promover mudanças. Não há floresta em pé se ficarmos sentados"
João Paulo Ferreira
presidente da Natura
Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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