Os programas de fidelidade estão apertando o cerco contra o comércio secundário de milhas, uma prática crescente em sites que adquirem pontos de consumidores para transformar em passagens aéreas para terceiros.
A discussão chegou à Justiça. Em um caso, um cliente com mais de 3 milhões de milhas acumuladas no programa da Latam conseguiu uma liminar para reverter o confisco de seus pontos depois que ele os usou para comprar passagens para mais de 24 pessoas --limite definido pela companhia.
A companhia aérea disse, via assessoria de imprensa, considerar o comércio de pontos do LATAM Pass irregular e contra as regras do programa. "Os pontos acumulados são pessoais e intransferíveis, sendo expressamente vedada a cessão para terceiros."
A empresa afirma que os clientes que realizarem essa prática podem ser excluídos do programa.
O teto para compra de passagens deve baixar no futuro. A Azul decidiu que, a partir de 15 de janeiro, cada participante de seu programa só poderá comprar passagens para outras cinco pessoas, cadastradas previamente. A empresa diz ter feito isso para que os demais usuários não sejam prejudicados.
André Fehlauer, presidente da Smiles, diz que não recomenda a venda das milhas por questão de segurança, porque sites que fazem a operação de revenda pedem login e senha do consumidor no programa de fidelidade.
Uma avaliação de executivo do setor é que o mercado ficou inundado por milhas depois que parte das empresas passou a oferecê-las em excesso com promoções e permissão para compra ilimitada delas. Agora, com a saída da Avianca e aeronaves mais cheias, o comércio estaria incomodando mais as empresas aéreas.
Do lado das companhias que fazem negócios com milhas o argumento a favor desse mercado é que a milha propriedade do consumidor. Também afirmam que os programas se beneficiam da expiração de pontos quando os clientes não os usam dentro do prazo de validade.
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