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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Viracopos vai pedir arbitragem para solucionar relicitação de aeroporto em Campinas

Segundo Gustavo Müssnich, presidente da concessionária, falta ainda chegar a acordo sobre valor de indenização

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São Paulo

Chegado o fim do período de um mês de trégua nos processos administrativos e judiciais entre Viracopos e Anac, a concessionária vai pedir, a partir de segunda-feira (4), que seja instalada uma arbitragem, segundo Gustavo Müssnich, presidente da concessionária.

Em recuperação judicial, Viracopos se reuniu nos últimos 30 dias com BNDES e a agência reguladora na tentativa de alcançar um acordo pacífico para que o aeroporto de Campinas seja relicitado. Entre os pontos mais conflituosos está o cálculo da indenização para que a concessionária deixe o aeroporto em um processo de relicitação, segundo Müssnich.

"Estamos tendo dificuldade em evoluir nisso. E já que tem decreto permitindo que se leve para decisão arbitral, vamos seguir", disse o executivo nesta sexta-feira (1).

A possibilidade de solução de conflitos por arbitragem é uma alternativa que só valia para aeroportos concedidos a partir da quinta rodada de leilões, mas a medida foi recentemente expandida para os empreendimentos mais antigos, como Viracopos, conforme antecipou a coluna Painel S.A..  

"A lei de concessões sempre fala que quando se trata de investimentos em bens, é preciso haver indenização pelo saldo imobilizado não depreciado. Isso é uma regra contábil. Nos preocupa quando a Anac indica que quer inovar e promover cortes neste número que está na nossa contabilidade. A gente entende que isso é indevido", disse Müssnich.

Para o executivo, o próximo licitante de Viracopos não terá capacidade de gerar outorga como as que o governo tem hoje, ainda que sejam reconhecidos os reequilíbrios que ele deseja em seu contrato atual. 

"Nossa outorga, atualizada, é da ordem de R$ 200 milhões por ano. Com uma liminar que nos foi concedida agora, ela vai para R$ 80 milhões. São R$ 120 milhões a menos do que eu pago de outorga anual. A gente acha em uma nova relicitação, o novo concessionário não teria capacidade de pagar muito mais do que R$ 20 milhões. O decreto diz que quem ter que arcar com a indenização do concessionário que esta saindo é o concessionário novo", afirma Müssnich. 



 

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