Largada Empresas nacionais e estrangeiras especializadas em Cannabis passaram os últimos três anos se preparando para entrar no mercado brasileiro, mas quando a Anvisa, enfim, liberou a regulação, na terça (3), a impressão que ficou entre algumas foi a de que o cenário é pouco favorável a companhias que não sejam grandes farmacêuticas já estabelecidas. As exigências requerem investimentos pesados e conhecimento técnico, que podem inviabilizar planos de novas entrantes.
Semente A opção de fazer parceria pode ser pouco atraente para as gigantes farmacêuticas. Sem força de vendas nem experiência de promoção entre médicos no país, as novatas devem ter dificuldades para conseguir parceiros.
Pílula O assunto pode ter sido superestimado, com potencial de mercado exagerado. Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma, sindicato da indústria, que reúne as gigantes do setor, avalia que talvez o mercado seja menor do que se imaginava.
Fila “A decisão da Anvisa de hoje traz segurança jurídica para investimentos no Brasil, entretanto, eu entendo que o mercado não é muito grande e haverá uma certa demora para o início das pesquisas clínicas no país e concessão dos registros”, diz Mussolini.
Raiz Mario Grieco, presidente da Knox Medical, lamentou o veto ao cultivo. Segundo ele, o impedimento pode elevar o custo final dos produtos, que terão componentes importados ou serão trazidos prontos de fora. “Podem continuar inacessíveis para grande parte da população”, afirma ele.
Tubo de ensaio Laboratórios brasileiros ainda não abrem seus planos para o setor. O Aché diz que estuda entrar no mercado, mas seu projeto ainda está em fase embrionária. A EMS analisa as oportunidades, sem nada concreto. A Libbs afirma que não tem iniciativas com o princípio ativo.
Proveta Hypera e Biolab não comentam. Havia expectativa no mercado de que as farmacêuticas investiriam nos produtos com base na planta.
Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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