Adoráveis mulheres A decisão anunciada pela Goldman Sachs em janeiro de evitar a coordenação de IPOs para empresas cujos conselhos não abriguem diversidade encontraria dificuldades no Brasil. Em uma amostra das 30 companhias mais valiosas da Bolsa, 8 não têm mulheres. Na média, só 13,5% do total de vagas no órgão administrativo são ocupadas por elas. O conselho que chega mais perto de empatar os gêneros, com 43% de mulheres, é o da Magazine Luiza, liderado pela empresária Luiza Trajano.
Bolinha Cerca de 40% das 30 empresas mais valiosas têm só uma mulher no conselho. Valéria Café, diretora do IBGC (instituto de governança corporativa), alerta que a presença solitária inibe a participação do membro que traz a diversidade. “Não adianta ter só uma mulher porque as decisões são colegiadas”, afirma.
Transição “Só vai mudar quando os homens perceberem que faz diferença. Elas trazem inovação, novo olhar, novas formas de questionamentos e provocações. Isso torna o grupo mais estratégico. É uma questão de mentalidade”, afirma Café.
Vetor Uma hipótese para a baixa presença feminina, segundo a diretora do IBGC, é o fato de que a escolha das vagas nos conselhos costuma ser feita por homens. Ela avalia que ainda é preciso ter um patrocinador por trás das mudanças, como a campanha da Goldman Sachs, além de um clamor dos consumidores.
Luz Das oito empresas sem conselheiras mulheres entre as 30 analisadas pela coluna, três estão no setor de energia.
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Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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