Matemática Após anunciar a compra de 70% da operação global da franquia de escolas bilíngues Maple Bear no mês passado, o empresário Chaim Zaher, dono do Grupo SEB, começa a detalhar seu projeto de abrir capital na Nasdaq, com a consciência de que os ventos da economia mundial podem dificultar. “De fato eu estou preparando a empresa para isso, só a Maple Bear. É óbvio que esse fator econômico pode atrapalhar os planos deste ano, mas a ideia é tentar sair no ano que vem”, afirma.
Sinal “Eu venderia o IPO pelo crescimento, mostrando o que teve no Brasil e projetando em cinco anos, mais do que Ebitda robusto”, diz Zaher, que levou a rede de 85 escolas no país em 2017 para 145 hoje.
Lousa O empresário vê potencial de crescimento porque o país tem muitas escolas com poucos alunos. "O Maple Bear começa com as séries iniciais, do infantil até primeira série. E durante dez anos, vai crescendo. Acredito que o crescimento no exterior, que é o que eu estou mirando, será forte. Imagine nos países em que ele não cresceu nada", diz.
Aula Do lado de fora, Zaher, que foi o maior acionista individual da gigante Estácio até 2017, quando vendeu sua participação, diz que o mercado de ensino superior privado, concentrado em quatro grandes grupos, está apanhando desde o enxugamento do Fies, há cinco anos.
Prova Para o empresário, há uma guerra de preços em curso que pode prejudicar as instituições superiores. “Vão sobreviver se tiverem qualidade. Cobrar mensalidade de R$ 199 ou R$ 99 é suicídio”, afirma.
Uniforme Após deixar a Estácio, ele guiou o foco ao ensino básico com escolas como Concept, Maple Bear e Pueri Domus. “Educação básica é artesanal, tem que atender os pais, é um negócio diferente do superior. Precisa de experiência”, diz, referindo-se a concorrentes como Kroton e Estácio, que apostaram no segmento nos últimos anos.
PROSA
“A concorrência predatória que eles [instituições de ensino superior] estão fazendo, principalmente no ensino à distância, está levando as margens a caírem muito"
Chaim Zaher, presidente do SEB
Caderno O Ministério da Educação ampliou em 90 dias o prazo para analisar mudanças no catálogo de cursos técnicos. A pasta diz que alterou a data para incluir a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) nas discussões e atender as necessidades do setor produtivo. Ao todo, foram recebidas 226 propostas.
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