"Você que é funcionário, que talvez esteja em casa numa boa, numa tranquilidade, curtindo um pouco esse home office, esse descanso forçado, você já seu deu conta que, ao invés de estar com medo de pegar esse vírus, você deveria também estar com medo de perder o emprego?"
A frase, dita em um vídeo pelo empresário Alexandre Guerra, sócio da rede de restaurantes Girraffas, recebeu críticas na internet e levantou receio entre funcionários da companhia neste domingo (22).
Questionado pelo Painel S.A. sobre a gravação, nesta segunda (24), Guerra disse que a preocupação dele no vídeo foi conscientizar sobre a crise do coronavírus.
"Eu não estou dizendo que todo mundo vive assim. Mas eu acho que hoje as pessoas estão mais conscientes do que na semana passada, que foi quando eu fiz esse vídeo", afirma.
O empresário diz que não se referia aos funcionários do Giraffas no vídeo e que estava falando em nome de uma rede de pequenos empreendedores. Também afirma que não é porta-voz do Giraffas, nem o único dono. Disse que os trabalhadores da rede "estão seguros e que a empresa tem condição de passar por isso tranquilamente".
"Eu nem citei o Giraffas nesse vídeo. Eu sou conselheiro [da empresa], sou acionista, mas eu não falo em nome do Giraffas. Esse vídeo é sobre mim e a minha preocupação com o cenário econômico mundial", diz Guerra, que também foi candidato ao governo do Distrito Federal pelo Partido Novo nas eleições de 2018.
O empresário diz que falou em nome da Nação Empreendedora, que oferece eventos e mentoria para empreendedores.
"Eu falo em nome deles. O Giraffas está até em uma situação mais confortável. Eu me preocupo com mais de 250 empreendedores que fazem parte deste grupo e que eu oriento. Nação Empreendedora é uma união de empreendedores de vários segmentos. Sou eu e mais dois sócios, Leonardo Bortoletto e Eduardo Pires, que também são empreendedores. A gente fala em nome desses pequenos empreendedores. Esse vídeo foi falando um pouco da situação difícil dos pequenos empreendedores do Brasil e que eles têm que estar atentos. E a gente, de forma nenhuma, é contra as medidas restritivas. Foi outra coisa que às vezes foi mal interpretado", disse o empresário.
"A gente só acha que as medidas restritivas do vírus estão sendo tomadas e a gente tem que seguir, mas a gente precisa ter medidas compensatórias. O custo para as pessoas vai ser enorme, gigantesco. Esse custo é humanitário também. Quando as pessoas perdem o emprego e o negócio, elas ficam doentes", afirma.
Confira um trecho do vídeo abaixo
com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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