Um grupo de hospitais privados enviou um ofício à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) nesta terça (7) pedindo que ela libere recursos da reserva garantidora das operadoras de planos de saúde para custear despesas dos hospitais.
Segundo a CNSaúde, a FBH e a Abramed, entidades que representam prestadores de serviços de saúde, as receitas dos hospitais caíram após a suspensão de procedimentos eletivos, enquanto aumentaram os custos trabalhistas e o preço de insumos e financiamentos.
“Esperamos que a ANS possa estabelecer medidas para equilibrar o sistema de saúde”, disse Breno Monteiro, presidente da CNSaúde.
Procurada a ANS, diz que haverá uma reunião entre diretores da agência na tarde desta quarta (8) para discutir o valor da liberação do ativo e quais serão as contrapartidas por parte das operadoras ao acessar o fundo.
Em nota, a Abramge (associação de planos de saúde) diz que o pedido para liberar parte dos ativos garantidores pertencente às operadoras de planos de saúde tem como objetivo constituir um colchão de liquidez para manter a assistência à saúde durante o período de crise.
"É importante que este recurso não tenha direcionamento condicionado para a finalidade A ou B. Afinal, cada operadora de plano de saúde, principalmente as que oferecem serviços próprios, definirá de forma mais acertada e eficiente onde empregar os recursos seja na ampliação do número de leitos, aquisição de novos equipamentos ou ainda para garantir o fluxo de caixa para o pagamento da rede de atendimento", diz a entidade.
com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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