Vitrine Marcas de vestuário brasileiras com décadas de existência, que tradicionalmente sempre localizaram suas lojas em shoppings, começam a fechar unidades em alguns empreendimentos. Redes como MOB, TNG, SideWalk e Jogê são algumas das que devem voltar desfalcadas quando a quarentena terminar. A avaliação é que os custos com aluguel e condomínio nos shoppings ficaram muito altos diante da crise e que haverá uma tendência de abrir lojas em ruas após a pandemia.
Porta fechada João Coelho da Fonseca Filho, presidente da rede de lingeries Jogê, que tem mais de 50 anos em shoppings, diz que na última década começou a abrir lojas em ruas, e que essa estratégia deve se reforçar agora. “Vou com as franquias para rua”, afirma. A empresa, que tem 38 lojas de shopping, entregou as chaves de quatro recentemente.
Cabide Tinho Azambuja, da SideWalk, diz que tem quatro ou cinco unidades “na mira” para fechar e duas lojas próprias para virar franquias. “Elas não são superavitárias porque nosso sistema de tributação é mais caro, mas para franqueado no Simples são lojas boas”, diz. Segundo ele, as SideWalk dos shoppings Higienópolis, Center Norte e Anália Franco devem fechar.
Na calçada Tito Bessa Junior, dono da rede TNG, também planeja fechar unidades em shoppings para abrir fora deles. “A loja de rua fatura 20% ou 30% a menos, mas ela tem um quarto do custo de operação”, afirma o empresário.
Endereço Parte deles diz acreditar que, após a crise, haverá uma tendência entre as marcas de menor porte de procurar abrir lojas em locais de ocupação mais barata. Além do comércio de rua, as opções são os outlets, que têm estrutura de cobrança diferente, ou as chamadas strip malls, que são agrupamentos de lojas a céu aberto.
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