Primeira Viagem Antes de anunciarem o acordo de compartilhamento de voos, conhecido como codeshare, na terça-feira (16), a Azul e a Latam foram ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para comunicar a intenção, mas ouviram do órgão que não havia problema concorrencial nesta prática. A avaliação na autarquia é que as companhias tiveram o cuidado de escolher apenas rotas não sobrepostas para fazer o acordo, excluindo os trechos em que já atuavam concorrendo.
Passagem No mercado, estudiosos do setor receberam a notícia do codeshare com mau pressentimento, porque trouxe a lembrança do compartilhamento de voo feito entre Varig e Tam em 2003, movimento que precedeu o fim de uma companhia no Brasil.
História No ano seguinte, Varig e TAM cobravam a mesma tarifa em vários trechos e chegaram a propor a criação de uma gestora dos voos compartilhados, ideia que não foi adiante e a secretaria de acompanhamento econômico recomendou ao Cade a suspensão do codeshare das aéreas por causar danos ao consumidor na época.
Ringue O codeshare de Azul e Latam também inspira analogia com o boxe, segundo quem acompanha o setor. A impressão é que enquanto a Latam pede recuperação nos EUA e fecha operações na Argentina, ela abraça a oponente Azul em um gesto defensivo que faz lembrar o clinch, quando o boxeador interrompe os golpes e ganha fôlego.
Com Mariana Grazini
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.