Garfo Bares e restaurantes de São Paulo se articulam para tentar uma negociação com o governo do Estado sobre os métodos de cobrança da distribuidora de energia Enel durante a pandemia. Como a empresa retirou profissionais de medição das ruas para contribuir com o distanciamento social, ela está usando valores da média de consumo dos últimos 12 meses, mesmo com os restaurantes fechados. A empresa oferece a opção da autoleitura, mas nem todos aderiram ainda.
Offline A Enel já afirmou que compensará a cobrança a mais, mas os restaurantes dizem que começaram a receber protestos pela falta de pagamento, e que estão com dificuldade de utilizar o sistema de autoleitura.
Salgado “Estamos parados, inclusive sem delivery. A conta deveria vir R$ 100, mas chega a cerca de R$ 7.000”, diz Leo Henry, proprietário do La Casserole, um dos mais tradicionais restaurantes franceses da cidade. Segundo ele, o programa de autoleitura da Enel não é compatível com o relógio de vários estabelecimentos.
Contato A Frente Parlamentar de Hotéis Bares e Restaurantes enviou ofício ao governador João Doria, na semana passada, solicitando a intermediação. Em nota, a Enel diz que com a flexibilização das medidas de isolamento anunciadas pelo governo estadual, em junho, a distribuidora vai retomar gradativamente a leitura do medidor de energia de seus clientes. "A diferença entre o valor da conta faturada pela média e o real consumo de energia será compensada automaticamente."
A Enel diz que o sistema de autoleitura disponível no aplicativo e pelo canal de atendimento da empresa é compatível com a medição dos clientes comerciais e residenciais. É preciso enviar as informações da autoleitura até dois dias antes da data da próxima leitura informada na conta, segundo a distribuidora. "Essa janela é importante para que a autoleirura seja confirmada", diz a empresa em nota.
com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
colaborou Paula Soprana
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