Déjà vu A crise do coronavírus começa a gerar no consumidor mudanças de comportamento semelhantes àquelas que foram identificadas na recessão de 2015, segundo Liel Miranda, presidente da gigante de alimentos Mondelez no Brasil, fabricante de marcas como Lacta, Halls, Trident, Tang e Club Social. No início do ano a empresa planejava investir em produtos de maior valor, mas no segundo semestre focará os mais econômicos. A ideia é resgatar embalagens maiores, que oferecem desconto, e reduzir o tamanho de outras para manter o cliente.
Calculadora “Estamos fazendo alguns ajustes necessários, projetando uma queda de volume pela situação econômica. Mesmo que a quarentena seja removida, o consumidor não vai aos pequenos varejos com a mesma frequência de antes”, afirma Miranda.
Açúcar O executivo diz que a venda de produtos que são consumidos em casa, como chocolates, biscoitos e sucos em pó, aumentou mais de 10% na pandemia. Por outro lado, com os bares e restaurantes fechados, as balas e gomas de mascar tiveram queda de aproximadamente 30%.
Clique Miranda afirma que o investimento no ecommerce da Mondelez na Páscoa mitigou os prejuízos para o feriado e as vendas caíram menos de 10% em relação a 2019. “Aprendemos que o comércio eletrônico tem um papel enorme e vamos investir 50% a mais no setor do que planejávamos no segundo semestre”, diz.
No mapa Para o executivo, a pandemia tem padrões diferentes no mundo. O brasileiro não sentiu tanta necessidade de estocar quanto o americano. Como o europeu, ele está passando menos tempo no supermercado e recorrendo a produtos tradicionais, afirma Miranda.
Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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