As casas de eventos para festas e casamentos em São Paulo estão de portas fechadas até outubro, quando o governo estadual prevê a volta de serviços que envolvem aglomerações, mas as agendas continuam agitadas na pandemia. Há um movimento expressivo, porém, são noivos pedindo postergações para 2021, o que vem gerando discussões porque nem todos os buffets aceitam remarcar sem multa.
É o caso do Espaço Quintal, em que os clientes terão de pagar, caso queiram empurrar a festa para o primeiro semestre do ano que vem. Procurado pela coluna, o salão diz que as realocações de datas para depois de 11 de outubro, serão submetidas às regras do contrato, mesmo que tenha sido assinado antes da pandemia.
“Cada contrato é negociado com os clientes, caso a caso, o que pode gerar alterações nas regras previstas. Estamos envolvidos em um esforço conjunto para encontrar, sempre que possível, uma solução que não os penalize”, diz a empresa em nota.
Ricardo Dias, presidente da Abrafesta (associação do setor), afirma que está em contato com o Procon-SP para estabelecer orientações padronizadas sobre multas. “Por enquanto, estamos sugerindo para as empresas esperarem 45 dias antes do evento para remarcar”, diz ele.
Miriam Catib, proprietária do Espaço Fiorello, diz que a partir de julho começou uma nova onda pedindo que festas e casamentos que já haviam sido realocados para o fim deste ano sejam empurrados para o próximo.
“O evento de bodas de prata de um casal que havia marcado para abril passou para junho, depois para setembro e agora será em abril de 2021. Mudamos até o nome para bodas de 26 anos”, diz Catib, que não cobra pelas mudanças, só pelos cancelamentos.
Mesmo sem a certeza de que os eventos serão liberados a tempo, uma parte dos noivos que não abre mão de se casar em 2020 começa a planejar suas celebrações para último bimestre do ano, mas com um número reduzido de convidados, segundo o Buffet Giardini. E essa alternativa também é oportuna para enxugar o orçamento da festa em tempos de crise.
Em caso de alteração de data, o Giardini cobra a diferença no preço dos produtos e alimentos encomendados.
Com Mariana Grazini
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