Depois que Rodrigo Maia afirmou nesta quinta-feira (30) que o governo, na tentativa de recriar a CPMF, vai acabar dando um nome em inglês ao imposto para tentar "enrolar a sociedade", tributaristas que acompanham a novela da reforma lembraram que, na verdade, a antigo imposto do cheque já foi rebatizado. Um dos maiores defensores da volta da CPMF, o empresário Flávio Rocha (Riachuelo) se referia ao tributo como E-tax até pouco tempo atrás. Mas a moda não pegou.
"Vamos deixar de lado esse nome que está estigmatizado, que é CPMF. Seria o E-tax, que é uma marca mais moderninha, mais simpática", disse Rocha em entrevista à coluna em julho do ano passado.
E-tax seria uma referência em inglês ao que o empresário chama de "imposto do futuro", feito para incidir sobre as transações eletrônicas.
A crítica do presidente da Câmara foi feita nesta quinta durante o seminário virtual Indústria em Debate, realizado pela Folha em parceria com a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
“Minha crítica não é se é CPMF, se é microimposto digital, se é um nome inglês para o imposto para ficar bonito, para tentar enrolar a sociedade. Minha tese é a seguinte: nós vamos voltar à mesma equação que foi de 1996 a 2004, 9% de aumento da carga tributária”, afirmou Maia.
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