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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu Coronavírus

ONG diz ver alerta em prática de doação falsa em lives de cantores

Procon multou empresa que vende título de capitalização em transmissões de shows

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São Paulo
A ABCR (Associação Brasileira dos Captadores de Recursos) diz ter observado nas últimas semanas uma prática enganosa de doação em algumas das lives musicais que se tornaram moda no período de isolamento social.
Segundo a ABCR, muitas transmissões de shows ao vivo mostraram mensagens que pedem doações para ajudar entidades, mas, na verdade, elas estão é vendendo títulos de capitalização na modalidade filantropia premiável, aqueles que dizem "doe e concorra", com prêmios como carros e dinheiro.
Nesta semana, o Procon-SP multou em R$ 212,7 mil uma empresa paranaense que fez propaganda durante uma live das cantoras sertanejas Simone & Simaria transmitida no YouTube. A multada é a Vale Sorte Distribuidora, que atua na intermediação de venda de títulos de capitalização da modalidade filantropia premiável da empresa Aplub Capitalização.​
Segundo a ABCR, os títulos de capitalização de filantropia premiável não são doação, mas uma modalidade regulamentada de títulos de capitalização, e quando um cliente compra um título do tipo, uma parte do direito de resgate do saldo capitalizado fica com o organização, e o restante do recurso é distribuido para empresas e intermediários.
"Ao promover, durante a live, o pedido de doação com um sorteio junto, quando na verdade o ato é de compra de um título de capitalização, os artistas estão fazendo propaganda que não é verdadeira, gerando riscos para a própria organização da sociedade civil que estaria sendo supostamente beneficiada pelo pedido", diz a ABCR, que recomendou comunicação mais transparente aos espectadores dos shows.

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