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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Mercado editorial reduziu lançamentos e tiragens para atravessar quarentena

Títulos para crianças e reedições já conhecidas foram parte da solução

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São Paulo

Com as livrarias fechadas pela quarentena, o mercado editorial encerrou o primeiro semestre com estratégias como a redução nos lançamentos e tiragens menores, o que ajudou a esgotar parte das edições. Após o início da reabertura, o setor agora estuda ajustes nos rumos.

Sonia Jardim, presidente do Grupo Editorial Record, diz que a solução foi priorizar obras já conhecidas. Em abril foram só dois lançamentos. Já o número de reedições chegou a 600 no semestre.

Segundo a editora, os títulos que chegaram ao mercado na quarentena saíram com uma tiragem média 17% menor do que o habitual. "Além de se perder espaço de exposição com as lojas fechadas, o que demanda uma quantidade menor de exemplares, perde-se também a recomendação que o bom livreiro faz."

A Planeta lançou 37 livros entre março e julho deste ano, parte deles só em formato digital. O plano original era apresentar 54 novos títulos. Houve também uma redução expressiva no tamanho das tiragens, de até 40%. Em em alguns casos, foi até preciso acelerar reimpressões de livros lançados neste ano.

A Sextante afirma que trabalhou com tiragem média de 6.000 exemplares nos lançamentos entre abril e julho, 2.000 a menos do que a média habitual.

A editora lançou 25 de 45 títulos previstos. Entre eles, estão dez volumes de atividades para crianças, nova linha de produtos que só seria lançada em 2021, mas foi antecipada para atender o aumento na demanda por leitura em casa enquanto as escolas seguem fechadas.

A Intrínseca, por outro lado, preferiu manter seu projeto de aumentar em 15% o volume de lançamentos e 10% na tiragem média.

Ao mesmo tempo em que o mercado perdeu com as lojas fechadas, as vendas de ebooks foram altas nas editoras consultadas. A Planeta teve o maior aumento percentual, de 77% no faturamento digital em relação ao ano passado. Na Sextante, o crescimento foi de 50%, na Intrínseca de 35% e na Record, 28%.

com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

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