É a economia Presidentes de grandes empresas que estão passando por dificuldades na pandemia observaram a discussão em torno dos planos eleitorais de Bolsonaro nesta semana, agravadas pela debandada de Salim Mattar e Paulo Uebel, como perda de tempo diante da urgência de uma solução para a crise.
Estúpido A avaliação é que a primeira marcha para salvar a economia do pesadelo do coronavírus foi engatada com o auxílio emergencial, que acabou encantando os sonhos de reeleição do presidente. Mas Bolsonaro não pode esquecer que precisa logo engatar a segunda marcha, que é salvar as empresas. E nisso seu governo tem feito muito pouco, segundo o presidente de uma multinacional.
Previsão Quando as grandes e médias companhias começarem a anunciar cortes em massa, como fez a Renault com quase 750 funcionários no fim de julho, o barulho vai incomodar o governo, diz o chefe de uma indústria, que anda preocupado com a falta de liquidez no setor produtivo. A queixa é antiga: os bancos estão ricos, a indústria está seca, sem caixa, pagando juro alto e o BNDES não resolve.
Subiu no telhado Começam a crescer as apostas de que o setor aéreo vai acabar como o automotivo na interminável espera pelo socorro do BNDES para combater a pandemia. No começo deste mês, a Anfavea (associação das montadoras) avisou que já não conta mais com a ajuda do banco e vem recorrendo a recursos do mercado privado para se salvar.
com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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