Corpo de bombeiros A reunião da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) na sexta (21), que terminou por suspender uma tentativa das operadoras de subir preço de plano de saúde, deixou mais perguntas do que respostas. O encontro foi chamado às pressas para tentar apagar o fogo que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, colocou no setor em público, após se sentir ofendido com o descumprimento da promessa de que as empresas pegariam leve nos reajustes durante a pandemia.
Tarde demais A maior dúvida que ficou foi sobre o alcance da decisão, que parece ter sido acanhado. Em relação às carteiras de planos coletivos, empresariais ou por adesão, a medida suspende os reajustes de setembro a dezembro. Como a decisão da ANS não retroage, quem já teve o aumento antes não se beneficia.
No escuro Ou seja, o alívio só será sentido por quem tiver os planos cujos contratos fazem aniversário a partir de setembro. E a maioria já teve reajuste. A ANS ainda não é capaz de calcular precisamente quantas pessoas serão alcançadas pela medida porque as operadoras têm um prazo para enviar as informações à agência.
Saúde financeira Com quatro votos favoráveis e uma abstenção pela proposta de barrar uma parte dos reajustes, a reunião da diretoria colegiada da ANS destacou que as operadoras apresentaram os melhores indicadores da última década até o segundo trimestre de 2020. O efeito pandemia reduziu a sinistralidade.
Corre A única abstenção partiu do diretor Rodrigo Rodrigues de Aguiar. Ele afirmou que só ficou sabendo da existência do processo depois das 17h da própria sexta, pouco antes do agendamento da reunião. Segundo ele, teve menos meia hora entre o acesso à documentação que fundamentou a proposta e a decisão.
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