O crescimento da pirataria volta a preocupar a indústria, segundo a CNI. A pandemia reforçou a crise econômica e o avanço do comércio eletrônico, dois fatores que abrem brecha para a disposição do consumidor de comprar produto pirata.
Segundo João Emílio Gonçalves, gerente de política industrial da CNI, o problema atinge segmentos variados, como materiais esportivos, eletrônicos, peças de veículos e remédios, e é impulsionado pela dificuldade de fiscalização das lojas virtuais.
A confederação defende que os grandes marketplaces, Mercado Livre e Amazon, passem a seguir a autorregulação proposta no guia de boas práticas do comércio eletrônico, lançado em abril pelo Conselho de Combate à Pirataria, do Ministério da Justiça.
"Hoje, o controle sobre o vendedor que usa esses sites é ineficiente e poderia ser melhorado com checagens simples", afirma Gonçalves, que vai debater o assunto nesta quinta (29) em seminário sobre propriedade intelectual.
Procurado pela coluna, o Mercado Livre diz que está avaliando a proposta do Conselho Nacional de Combate à Pirataria. A empresa afirma que atua na proteção de direitos de propriedade intelectual com ferramentas de denúncia, apoio à formalização e tecnologias de monitoramento. Diz também que retirou 4 milhões de anúncios de itens piratas do ar desde 2019. A Amazon não se manifesta.
com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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