Ricardo Patah, presidente da UGT e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, que vem negociando o adiamento das campanhas salariais para janeiro, ouviu de um dos patronais a seguinte proposta: a postergação poderia ser feita, desde que o sindicato dos trabalhadores assinasse um compromisso para abrir mão da inflação de agosto a dezembro.
A sugestão não foi aceita, mas, segundo Patah, ela coloca em dúvida o cenário de retomada do comércio, que tem sido apresentado nos últimos meses. "Dizem que as vendas estão indo bem, mas se fala em não repassar nem a inflação no salário e ainda impedir a reposição do passado", afirma.
João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força, afirma que, por causa da pandemia, raros acordos têm saído com aumento real, mas a maioria, até agora, conseguiu a inflação cheia.
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