A solução para o desabastecimento do Champix, um dos principais medicamentos usados no combate ao tabagismo, está longe do fim. A tentativa mais recente, que seria uma solicitação de importação excepcional apoiada pelas sociedades de cardiologia e pneumologia, foi negada pela Anvisa.
Produzido pela Pfizer, o remédio está em falta no Brasil desde o primeiro semestre, com previsão de normalização só em julho de 2021. Segundo a Anvisa, a importação do Champix foi suspensa porque a inspeção de boas práticas de fabricação no final de 2018 teve resultado insatisfatório.
Uma nova vistoria a pedido da Pfizer só foi agendada para outubro deste ano, ainda segundo a Anvisa. A agência diz que o pedido de importação excepcional foi negado porque era preciso aguardar o resultado da inspeção, entre outras exigências no novo local de fabricação.
Procurada pela coluna, a Pfizer afirma que, após a negativa da Anvisa ao pedido de importação excepcional do medicamento, a empresa espera os resultados da inspeção realizada no início de outubro para voltar a comercializar o produto no país.
"A companhia reconhece o impacto que o desabastecimento do medicamento pode causar aos pacientes que fazem uso do produto e, por isso, está recomendando aos especialistas médicos que sejam consideradas outras alternativas terapêuticas que ajudem esses pacientes até que a situação esteja normalizada", diz a empresa em nota.
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