Reeleito neste domingo (29), o tucano Bruno Covas terá que lidar com uma situação financeira particularmente desafiadora ao assumir o segundo mandato como prefeito de São Paulo. Houve forte recuperação das receitas da cidade nos últimos meses, mas tudo indica que o prefeito não contará com os fatores que contribuíram para a melhora no próximo ano. O risco de um novo surto de Covid-19 e dúvidas sobre o vigor da retomada da atividade econômica complicam o cenário.
Após o tombo sofrido nos primeiros meses da quarentena, a arrecadação do ISS (Imposto sobre Serviços), fonte de quase um terço das receitas do município, voltou a crescer em julho. O recolhimento do tributo no período de julho a outubro foi 1% maior que o do mesmo período de 2019, já descontada a inflação.
O auxílio emergencial pago a trabalhadores do setor informal atingidos pela crise do coronavírus contribuiu para o resultado ao sustentar o consumo das famílias mais pobres, mas as últimas parcelas do benefício serão pagas neste ano, e não há previsão de prorrogação.
As receitas acumuladas até outubro são 8% maiores do que as obtidas em igual período no ano passado, em termos reais. Transferências emergenciais de recursos federais foram decisivas para o resultado, mas também não deverão se repetir no próximo ano. O orçamento da prefeitura para 2021 ainda não foi votado pela Câmara Municipal.
Outros assuntos abordados pela coluna
Indústria vê realismo em corte de investimentos na Petrobras
Aposentados da Nossa Caixa estudam ação contra BB após reajuste de planos de saúde
Vendas de grandes redes na Black Friday foram 89% maiores, diz pesquisa
Ricardo Balthazar (interino), com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.