Painel S.A.

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel S.A.
Descrição de chapéu Dia da Consciência Negra

Assassinato de Beto Freitas expõe falhas de empresas em busca de diversidade, dizem especialistas

Consultores afirmam que companhias fecham os olhos para fornecedores e empresas terceirizadas

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A morte brutal de João Alberto Silveira Freitas, o homem negro espancado por seguranças de uma loja do Carrefour em Porto Alegre na quinta-feira (19), expôs erros que muitas empresas vêm cometendo ao multiplicar iniciativas na tentativa de promover a diversidade racial. Muitas fecham os olhos para fornecedores e empresas terceirizadas como a responsável pelos seguranças do Carrefour. Falta comprometimento com a criação de uma cultura inclusiva, dizem especialistas.

Para Paulo Sardinha, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos, as companhias têm um caminho longo a percorrer. “Ainda há grande dificuldade para tornar realidade as declarações coladas nas paredes das empresas”, diz.

Liliane Rocha, sócia da consultoria Gestão Kairós, afirma que não convocar profissionais terceirizados para treinamentos de programas de diversidade é um erro comum nas iniciativas que visam eliminar o racismo da cultura das empresas.

Mesmo que a rotatividade desses profissionais seja maior, é necessário que as empresas criem métodos apropriados para tratar do tema, diz Rocha. “Se a troca de funcionários for semanal, é preciso que eles ao menos leiam um manual, assistam um vídeo sobre o tema.”

Para a consultora Ana Minuto, entre as falhas estão a prevalência de recrutadores brancos, o distanciamento da cúpula da empresa e o tratamento das ações de inclusão como assistencialismo —e não como parte de uma estratégia para obter resultados e fomentar a inovação.

Ana Bavon, sócia da B4People, diz que a maioria dos programas de diversidade foca na questão da representatividade buscando ampliar a quantidade de negros na empresa. Falta criar um ambiente em que todos se sentem respeitados e ouvidos, diz.

VEJA OUTROS ASSUNTOS ABORDADOS PELA COLUNA

Vale doa R$ 70 milhões a bombeiros por trabalho em Brumadinho

Barrado na eleição da Fiesp, opositor de Skaf registra chapa para disputar Ciesp

Boticário vai oferecer treinamento antirracista para equipe

Homens negros perderam espaço em anúncios na TV, diz pesquisa

LINK PRESENTE: Gostou desta coluna? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.