Um grupo que começou a ser articulado no último final de semana por representantes de entidades e lideranças negras para elaborar uma agenda de combate à discriminação racial nas empresas planeja apresentar suas propostas a cem empresas, incluindo JBS e Google, na semana que vem.
Até o momento, o grupo recebeu apoio de mais de 600 organizações, segundo Celso Athayde, fundador da Cufa (Central Única das Favelas) e membro do comitê criado pelo Carrefour para reformular suas políticas após a morte de Beto Freitas, o homem negro espancado e asfixiado por seguranças do supermercado no último dia 19.
Athayde afirma que o coletivo quer que outras companhias também se comprometam a revisar formas de contratação e atuação dos serviços de segurança, adotar ações afirmativas para promover a equidade e criar comitês com integrantes apontados pelo grupo.
“Esse coletivo vai dialogar com as instituições para que se criem alternativas para um problema que agora pode ser estruturado a partir da tragédia do Carrefour, mas que não se limita só a essa empresa”, diz ele.
Entre os signatários do documento elaborado para o lançamento do grupo estão o evento de cultura e empreendedorismo e negro Feira Preta, o Instituto Vladmir Herzog, entidades de juristas negros, associações culturais e outros.
Ricardo Balthazar (interino), com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.