A construtora espanhola Acciona espera assegurar acordos para levantar R$ 8 bilhões em financiamento para as obras da linha 6-laranja do metrô de SP até o final de janeiro. A companhia vem realizando reuniões virtuais com bancos nacionais e estrangeiros, incluindo o BNDES. Segundo André de Angelo, presidente da empresa no Brasil, o momento é de otimismo em relação à retomada da economia do país e há espaço para buscar novas parcerias com o setor público.
Angelo afirma que o cronograma do projeto, que ligará a Brasilândia à estação São Joaquim, terá ações simultâneas nas 15 estações. Em outubro, Quando as obras foram retomadas, a equipe era de 250 profissionais. Em março de 2021, serão 3.000 e, em março de 2024, 9.000. A entrega é prometida para o ano seguinte.
O projeto, que ficou paralisado quando o governo de SP rompeu contrato com o consórcio Move São Paulo em 2018, é o maior da história da Acciona e abre caminho para a participação em novas concessões, diz o executivo. “A infraestrutura será a protagonista no processo da recuperação econômica do Brasil no cenário pós Covid-19.”
Para Angelo, projetos no Congresso podem destravar investimentos no país, entre eles a BR do Mar e a Lei do Gás. Segundo ele, o novo Marco do Saneamento, que aguarda votação de vetos da Presidência, abre oportunidades de negócios para a empresa, em áreas como implantação de redes, tratamento de água e dessalinização.
Em ano de fortes vendas para o mercado de reformas e construção, a rede de franquias de origem franco-suíça Disensa, do setor, ampliou em 30% o número de unidades e chegou a 160 em cinco estados. O faturamento médio das lojas subiu 63% em 2020, segundo a companhia.
Filipe Oliveira (interino), com Mariana Grazini
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