Parte do plano anunciado pelo governo nesta quarta (2) para tentar fazer deslanchar seu programa de privatizações no próximo ano, o sucesso do leilão de aeroportos previsto para março depende da superação de duas incertezas. O Tribunal de Contas da União ainda não concluiu sua análise do projeto, passo necessário antes da publicação do edital com as regras do leilão. Além disso, muitas empresas com interesse nos terminais ainda não se recuperaram do tombo sofrido com a pandemia.
O governo espera que o TCU termine sua análise em no máximo duas semanas. Se o órgão de controle levar mais tempo, ou fizer muitas ressalvas, ficará mais difícil preparar o edital e realizar o leilão no prazo indicado pelos ministros que compõem o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Embora a queda do movimento causada pela pandemia do coronavírus tenha afetado finanças de empresas do segmento, os sinais de recuperação parecem consistentes, diz Marcelo Allain, coordenador do comitê que acompanha o setor na Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).
Mesmo que os operadores que disputaram os leilões de aeroportos nas rodadas anteriores promovidas pelo governo não tenham o mesmo fôlego para participar da disputa desta vez, fundos de investimento em busca de oportunidades tendem a ser atraídos pelas regras do leilão, apostam as empresas.
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