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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Comércio Brasil-EUA cai em 2020, e recuperação depende de efeito da vacinação

Compra e venda de produtos entre os países caiu 23,7% no ano passado em relação a 2019

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São Paulo

Uma das relações comerciais do Brasil mais afetadas pela pandemia foi a com os Estados Unidos. Segundo dados do ministério da Economia compilados pela coluna, o fluxo com o país caiu 23,7% em 2020 ante 2019, mais do que com a União Europeia (13,7%) e o Mercosul (17,7%). Para analistas, ainda que a chegada do democrata Joe Biden, que toma posse nesta quarta (20), traga mais previsibilidade, a retomada do comércio com os EUA depende do impacto da vacinação nas economias.

Para José Augusto de Castro, presidente da AEB (associação de comércio exterior), uma demora na vacinação ameaça os negócios. Isso porque as viagens de executivos brasileiros vão seguir com barreiras caso demore a imunização. Além disso, clientes terão receio de comprar itens daqui se houver risco de novas medidas de distanciamento.

Castro diz que as relações com os EUA deverão se tornar mais previsíveis sob Biden. Segundo ele, o Brasil se beneficiará ao deixar uma política de alinhamento automático, de pouco resultado, para passar a negociar com mais profissionalismo.

Na avaliação de Sandra Rios, diretora do Cindes (Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento), vai levar tempo até a vacinação ter efeito no comércio. Para ela, um pacote de ajuda fiscal nos EUA pode recuperar nossas exportações. Já as importações dependem do futuro do auxílio emergencial.

Segundo Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, a queda nos negócios com os EUA ficou concentrada no comércio de petróleo e derivados. Se confirmada uma retomada econômica, a venda do produto tende a se recuperar, diz.

Filipe Oliveira (interino), com Mariana Grazini e Arthur Cagliari

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