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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Fretamento aéreo vive seu pior momento em Manaus

Setor aponta dificuldades no porte das aeronaves disponíveis no mercado brasileiro e na distância entre as bases de aviões

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São Paulo

O mercado de fretamento aéreo, que até o início da pandemia estava acostumado a levar carregamentos para indústrias como a farmacêutica e a automotiva, vive agora seu pior cenário com a crise em Manaus. O drama humano, somado a dificuldades estruturais e de oferta inerentes ao setor, faz deste o momento mais difícil dos últimos meses, segundo Ana Benavente, diretora da multinacional Air Charter para a América do Sul.

Desde que a pandemia começou, a companhia teve diferentes ondas. Primeiro veio a busca por voos para repatriar pessoas quando as fronteiras começaram a se fechar. Depois, os equipamentos de proteção individual —foram mais de 30 mil toneladas desde março, segundo a Air Charter.

Mas antes do esperado pico de demanda para levar vacinas surgiu a tragédia de Manaus. Na quinta-feira (14), a empresa diz ter recebido um pedido emergencial para levar 6,5 toneladas de equipamentos hospitalares do Rio para lá.

Entre as dificuldades, Benavente afirma que o porte das aeronaves disponíveis no mercado brasileiro não é o ideal para o carregamento de cilindros de oxigênio. "Dos tubos maiores, muita coisa fica para trás. Não dá para levar. Tem o avião, mas não entra na porta", diz.

Segundo a executiva, além dos casos de pacientes tão graves que nem podem ser levados em aeromédico, os aviões ficam baseados em pontos distantes de Manaus.

"Não é perto como Rio, Brasilia, SP. Tem o drama de esperar. E não é só um caso. São muitos. Estão todos cansados do batidão do ano passado, mas isso de agora ninguém nunca viu", afirma.

Filipe Oliveira (interino), com Mariana Grazini

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