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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu Coronavírus

Lojistas questionam restrição de Doria ao comércio e dizem que falta fiscalizar festa clandestina

Idas e vindas no plano para conter a Covid atrapalham planejamento, segundo empresários

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São Paulo

A nova rodada de restrições ao comércio anunciada pelo governador João Doria nesta sexta (26) para tentar conter a Covid foi questionada entre donos de lojas que terão seus estabelecimentos fechados nas regiões que retrocederam à fase vermelha ou terão de encurtar o horário de funcionamento onde foi definida a fase laranja.

Tito Bessa Junior, dono da rede de moda TNG e presidente da associação de lojistas Ablos, diz que o governo está falhando em fiscalizar as aglomerações.

"Já está provado que fechar comércio não resolve. Fizeram isso em dezembro e janeiro, mas não melhorou. O que estamos vivendo é uma falta de fiscalização. Tem festas clandestinas rolando solto. Não é o comércio", afirma Bessa Junior.

Para o lojista, o governo precisa fechar as praias. "Se fazem lockdown, todo mundo vai para a praia. Se ele continuar fechando mais regiões, vai criar bolsões nas praias nos finais de semana", diz o empresário.

Grande São Paulo, Campinas, Sorocaba e Registro foram da fase amarela para a fase laranja, segundo as novas medidas anunciadas nesta sexta. Marília e Ribeirão Preto passaram da fase laranja para a fase vermelha. Apenas Piracicaba progrediu, da laranja para a amarela.

Andrea Duca, diretora da Gregory, diz que os varejistas estão ficando perdidos com as idas e vindas. "A gente preza pela saúde de todo mundo. Mas é sofrido para o varejo", afirma. ​

Viktor Ljubtschenko, diretor da rede de lojas de pijamas Any Any, diz que a imprevisibilidade das mudanças é grave no setor de vestuário. "Nós não somos uma padaria. Temos uma programação e investimos muito nas coleções", afirma.

Angelo Campos, diretor da rede MOB, reclama pelo planejamento da mão de obra. "Esse movimento de fechar às 20h, depois voltar para as 22h, depois 20h de novo é muito ruim. O funcionário não é um objeto que você coloca e tira do armário quando troca o horário. O funcionário fica maluco com isso", afirma. ​

com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

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