A Páscoa deste ano deve ser parecida com a de 2020 nos supermercados paulistas: o impacto da crise da pandemia continua, e a expectativa é que as vendas cresçam apenas 5,5%, segundo pesquisa da Apas (Associação Paulista de Supermercados).
O comportamento do consumidor vem mudando nos últimos anos, com tendência a comprar chocolates mais baratos e menores. Os supermercados têm diminuído a oferta de ovos grandes, acima de 750 gramas e 1 quilo, e apostado em ovos de até 170 gramas, além de elevar a encomenda de barras e caixas de chocolate.
O levantamento da Apas também aponta inflação de 7% nos ovos de Páscoa em relação ao ano passado.
Apesar da pandemia, a Cacau Show aumentou a produção para esta Páscoa. Foram 300 mil quilos a mais de chocolate para fazer ovos do que em 2020 —chegando a 2,7 milhões de quilos.
A empresa diz que espera um crescimento de 15% nas vendas em relação ao ano passado. O otimismo, segundo a Cacau Show, tem a ver com os canais digitais, que evoluíram mais de 650% em comparação com fevereiro de 2020, e com as vendas a domicílio, que cresceram mais de 80%.
A expectativa é vender 11 milhões de unidades, 3 milhões a mais do que na última Páscoa. A empresa diz que segurou os preços, e apenas 5% dos produtos sofreram aumento.
A Nestlé manteve a mesma produção do ano passado. “Focamos o esforço de venda para aumentar a participação em canais online e chegar onde o consumidor está”, diz a empresa. A aposta para este ano de crise foi um portfólio de preços mais baixos, com ovos que variam de R$ 32,90 a R$ 46,90.
com Filipe Oliveira e Andressa Motter
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