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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Indústria da construção pede para desonerar alíquota de importação de aço e cimento

Secovi-SP, Sinduscon-SP e Abrainc enviaram pedido ao Ministério da Economia

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São Paulo

Diante da alta expressiva dos preços dos insumos, o Secovi e o Sinduscon de São Paulo, entidades que representam o setor da construção, solicitaram ao Ministério da Economia a desoneração temporária das alíquotas do aço e do cimento.

Segundo o Sinduscon, o pedido teve como base um estudo técnico feito pela consultoria Ecconit com dados da FGV, encomendado pela entidade. Odair Senra, presidente da associação, diz que as altas estão quase insustentáveis para o setor.

“O ideal seria suspender as taxas até o fim do ano para que os efeitos da pandemia possam ser diluídos e a gente retome uma normalidade”, diz o presidente da Secovi-SP, Basilio Jafet.

Outra organização do setor, a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), também está negociando a suspensão temporária das alíquotas desde o início do mês.

As entidades afirmam que até agora não receberam aceno positivo do governo.

“Existe no mundo todo uma desordem das cadeias produtivas, não é só no Brasil. Isso é impulsionado pela alta das commodities. Não é um problema específico do segmento de incorporação. A alta de commodities influencia todos os preços”, diz o presidente da associação, Luiz França.

Para ele, a desoneração temporária seria uma maneira de manter as indústrias funcionando sem elevar os preços da construção de imóveis.

“Com o aumento do custo, um número grande de pessoas vai perder o sonho da casa própria, num país onde se tem um déficit habitacional de 7,8 milhões de moradias e uma expectativa futura de 11,5 milhões.”​

Apesar das dificuldades da pandemia, França diz que a recuperação do setor imobiliário é rápida devido às baixas taxas de juros, que são atrativas aos compradores.

Mas, para o presidente da Abrainc, não basta pensar na recuperação de segmentos isolados. “Você não pode resolver o problema de um setor se quer um Brasil estabilizado. Não há um setor da economia que vai bem quando 90% vai mal”, diz.

Nesta semana, o governo anunciou a redução de 10% no imposto de importação sobre produtos de informática, telecomunicações e bens de capital (máquinas e equipamentos).

com Filipe Oliveira e Andressa Motter

Erramos: o texto foi alterado

Versão anterior desse texto havia afirmado que o estudo técnico enviado ao Ministério da Economia pelo SindusCon foi realizado pela FGV. O trabalho é da consultoria Ecconit com base em dados da FGV. O texto já foi corrigido.

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