A crise de abastecimento na indústria da construção chegou aos vasos sanitários. Grandes redes de varejo enfrentam baixo estoque do produto e alguns modelos estão escassos.
Em lojas da Leroy Merlin em São Paulo, diversos modelos de privadas da fabricante Deca, que é uma das líderes neste mercado, aparecem como indisponíveis na busca do cliente pelo site.
“Realmente, a falta existe. Mesmo trabalhando a pleno vapor, as fábricas não têm conseguido atender a demanda”, diz Adriano Galoro, diretor central de compras da Leroy Merlin Brasil.
Ele afirma que a loja expandiu o prazo de planejamento da demanda para seis meses para garantir a oferta. “Modelos mais específicos podem faltar, pois o planejamento da demanda que fazemos é para os que mais giram”, diz Galoro.
A Telhanorte também afirma que a indústria tem enfrentado dificuldades no abastecimento das privadas. Para suprir a demanda, a varejista diz estar se aproximado de fornecedores, buscando alternativas de marcas e produtos, além de indústrias de outras regiões.
Entre grandes incorporadoras, que compram em volumes maiores, a percepção é que os prazos para a entrega da louça sanitária aumentaram, ou seja, em vez dos habituais 30 a 45 dias, os fornecedores estão levando 90 dias.
Segundo a Deca, não há registro de queda no volume de produção ou nas vendas. O que aconteceu, de acordo com a empresa, foi um aumento da procura por louças e metais sanitários por causa o avanço no volume de reformas na pandemia.
A Obramax, atacarejo para material de construção do grupo Adeo, também dono da Leroy Merlin, diz que não observou problemas com o fornecimento.
Com Filipe Oliveira e Andressa Motter
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