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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Setores afetados por reajuste no ICMS de Doria preparam nova rodada de pressão

Grupos de saúde fizeram um manifesto para levar ao Palácio dos Bandeirantes nesta segunda

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São Paulo

Oito associações dos setores de saúde, como planos de saúde, hospitais e distribuidores de equipamentos, preparam uma nova rodada de pressão sobre o governo Doria para pedir alívio no ICMS, depois que o governo cortou isenções e mudou alíquotas de vários produtos no ajuste fiscal do estado.

Entidades como Abraidi (associação de importadores e distribuidores de produtos para saúde), Abramge (planos de saúde) e Anahp (hospitais privados) vão levar um novo manifesto ao Palácio dos Bandeirantes e lançar uma campanha nesta segunda-feira (1º).

Segundo Bruno Bezerra, da Abraidi, o receio é que outros estados sigam o exemplo de São Paulo, o que elevaria a tributação com um acréscimo de gastos anuais da ordem de R$ 2,73 bilhões para a saúde privada, segundo cálculos da entidade.

O esforço é mais um de uma série de tentativas de vários setores que se arrasta desde o ano passado, com reclamações na Justiça, protestos, tratoraços do agronegócio e manifestos, mas a avaliação é que as manifestações de rua e tentativas de diálogo não sensibilizaram o governo.

Um grupo de distribuidores de carne que vinha organizando um protesto para esta semana vai deixar o ato para a segunda quinzena de março.

A Abrasel, associação dos restaurantes, diz que mandou cartas para o governo Doria, mas nunca recebeu retorno e agora estuda novas reações. Segundo Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, a entidade também não tem recebido resposta para os pedidos de diálogo com Cauê Macris, presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo.

"O ato da Assembleia Legislativa de ter dado uma carta branca para o Executivo promover esse aumento de impostos é grave. Uma parte da sociedade, como bares, restaurantes, hoteis, eventos, sofreram muito mais na pandemia. E não foi por má administração. Foi porque o estado impediu a operação. Agora o governo busca o equilíbrio das contas públicas em cima de um setor que sofreu demais", diz Paulo Solmucci.

Em nota, o governo afirma que tem feito um diálogo constante com os setores sobre o assunto. Diz também que as medidas são urgentes e valerão apenas temporariamente, por 24 meses, para levar equilíbrio às contas e reagir ao grave quadro econômico causado pela pandemia com a manutenção dos serviços de saúde em funcionamento.

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