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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Shoppings pedem que Doria libere abertura e dizem que todo o país vai reabrir lojas, menos SP

Segundo a Abrasce, critério da seleção de quem pode funcionar não está correto

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São Paulo

Após a prorrogação da fase emergencial, que fechou os shoppings em São Paulo, o setor vai voltar a reivindicar reabertura ao governo Doria.

Segundo a Abrasce, o único estado que vai manter shoppings fechados a partir da semana que vem é São Paulo.

Glauco Humai, presidente da Abrasce, diz que o setor está tentando conversar com o governo estadual para defender que o espaço de compras é seguro.

"Não temos evidência de que shopping fechado reduz a contaminação. Por outro lado, em alguns outros estados, mesmo com shopping aberto, o número de contaminados caiu", diz Humai.

Ele argumenta que o setor criou protocolos, campanhas, tecnologias e investiu milhões para adequar o ambiente dos shoppings à pandemia, mas os critérios de seleção do governo desconsideraram o esforço, enquanto outras atividades como hotelaria e igreja tiveram limitações menos duras na fase emergencial.

"A seletividade de quem deve fechar e abrir não esta correta. Está prejudicando os setores que investiram pesadamente e seguiram as orientações para operar", diz.

Nas projeções de Humai, o desempenho do ano inteiro de 2021 já está comprometido pela pandemia.

"Estamos reivindicando essa abertura em SP. Não dá mais para ficar fechado. Entendemos a gravidade da situação, como é crítico. Mas confiamos que o shopping aberto com protocolos não altera do ponto de vista sanitário", afirma.

O governo de São Paulo diz que mantém o diálogo com as associações representativas dos setores, como os shoppings, e que a decisão de colocar os municípios na fase emergencial foi pautada pela ciência, com base no cenário da pandemia. O governo do estado afirma também que a gravidade atual do problema só foi atingida por falta de vacinas, que deveriam ter sido adquiridas pelo governo federal ainda em 2020.

"Contudo, o governo federal se recusou a reservar vacinas do Instituto Butantan, da Pfizer e de outras fabricantes no segundo semestre do ano passado, o que causou os atrasos atuais no programa de imunização", diz o governo do estado em nota. Diz ainda que, sem os imunizantes, a única solução para salvar vidas e evitar o colapso hospitalar são as medidas de distanciamento e restrição de circulação. "O pleno funcionamento da economia, sem o fechamento de grande parte dos comércios e serviços, depende diretamente da manutenção da saúde pública", afirma o comunicado.

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