Marcelo Silva, o presidente do IDV (associação que reúne os maiores varejistas do Brasil), havia dito que os membros da entidade iriam discutir nesta segunda (3) a possibilidade de fazer uma campanha de Não Demita. A iniciativa viria após o governo Bolsonaro relançar o programa de flexibilização das regras trabalhistas, liberando o corte de jornada e salário.
No fim do dia, o que saiu da reunião do grupo, que congrega redes como Magazine Luiza, Riachuelo e Boticário, foi só um comunicado dizendo que o IDV "destaca a importância" das medidas provisórias do governo para a manutenção do emprego.
Procurado pelo Painel S.A. após o encontro desta segunda, o IDV disse que não foi o criador do Não Demita na primeira edição, em 2020, apenas aderiu. Por isso, não tem como falar em relançar uma campanha que não criou.
Se Daniel Castanho, presidente do conselho da Ânima Educação, que foi um dos pais do Não Demita, relançar o movimento, o IDV diz que vai apoiar novamente.
A primeira edição da campanha nasceu no começo da pandemia e funcionou como um compromisso informal de preservação de vagas por alguns meses, como uma camada adicional de segurança aos trabalhadores, além da garantia provisória de emprego que tem no próprio programa do governo.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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