A moda dos hambúrgueres de soja, vegetarianos e veganos, que cresceu após o início da pandemia, perdeu o gás no começo deste ano. E o motivo parece ter sido o aumento no preço.
Segundo levantamento da Horus, empresa de inteligência de mercado que estuda notas fiscais do varejo, a incidência desse tipo de produto na cesta do consumidor voltou ao patamar pré-pandemia no primeiro trimestre deste ano. Isso aconteceu ao mesmo tempo em que o preço médio do quilo saltou de R$ 58,98 de janeiro a março de 2020 para R$ 72,80 no mesmo intervalo de 2021.
Os vegetarianos e veganos agora superam o patamar de preço médio do hambúguer de salmão, em R$ 71,34 no primeiro trimestre deste ano, segundo o levantamento.
Luiza Zacharias, diretora da Horus, diz que o hambúrguer de carne suína foi outra linha que ganhou espaço na cesta desde o início da pandemia, e ainda resiste no começo deste ano. A incidência mais que triplicou na comparação do primeiro trimestre de 2020 e de 2021. O preço médio do quilo também subiu, de R$ 17,29 para R$ 22,49 na mesma base de comparação, porém, o patamar é mais acessível.
"O suíno teve um crescimento geral, tanto nos cortes de carne em geral, que já tínhamos percebido um aumento de 80% na cesta, como no hambúrguer. Um dos motivos é que a carne suína não tem mais aquele estigma do passado, tem sido oferecida como alternativa mais saudável, com menos gordura. O outro motivo é que o preço do suíno é bem mais em conta", diz Zacharias.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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