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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu Folhajus congresso nacional

Senado deve votar projeto de lei que veta aumento de preço de remédio

Emenda que abordava reajuste de planos de saúde foi rejeitada pelo relator

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São Paulo

O Senado deve votar nesta quinta-feira (13) o projeto de lei que pretende vetar o reajuste dos preços dos remédios até o fim de 2021.

A medida é uma queda de braço com os fabricantes. Segundo a indústria, um congelamento de preços no momento de alta no custo dos insumos e do dólar prejudicaria o setor, podendo provocar até a falta de produtos no mercado.

O aumento anual autorizado pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) em março foi de 4,88%. O senador Lasier Martins (Podemos-RS), autor do projeto, argumenta que o setor farmacêutico não sofreu restrições de funcionamento na pandemia.

Embalagens de remédios
Preço dos remédios pode ser congelado até o fim do ano - Unsplash

“Com o desemprego, muita gente não consegue nem comprar comida, então precisa ter algum recurso pelo menos para comprar remédio”, diz.

Houve tentativas de colocar a suspensão do reajuste dos planos de saúde de carona neste projeto. Mas relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), rejeitou quatro emendas. Segundo Braga, o assunto é complexo e deve ser discutido de maneira exclusiva.

"O reajuste de remédios penaliza principalmente os mais velhos, os aposentados, os mais vulneráveis. A questão dos planos de saúde envolve um debate difícil e demorado, até pela força das operadoras do setor. Por isso a opção de tratar em outra proposta. No ano passado, coloquei as duas questões em um mesmo projeto. O texto foi aprovado no Senado, mas acabou não andando na Câmara", disse Braga.

Para Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma, que representa a indústria farmacêutica, o congelamento de preços causa desabastecimento e é incapaz de gerar empregos. "Neste momento em que o Brasil precisa de mais saúde, o Senado não pode colocar a população em risco. Ações demagógicas não resolverão os problemas", afirma ele.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

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