Painel S.A.

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel S.A.

Vereadoras querem mudar nome de rua que homenageia Samuel Klein em São Caetano

Proposta é trocar nome da via para 8 de Março

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O mandato coletivo Mulheres por Mais Direitos, formado por três vereadoras do PSOL em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, está pressionando a prefeitura para mudar os nomes de uma rua e de um centro médico que homenageiam o fundador das Casas Bahia, Samuel Klein, morto em 2014.

O movimento começou após a divulgação de reportagens sobre processos judiciais que acusam o empresário de crimes sexuais.

SÃO CAETANO DO SUL, 12-11-1987: O empresário Samuel Klein, fundador da Casas Bahia, posa para retrato em uma de suas lojas, em São Caetano do Sul (SP). (Foto: Matuiti Mayezo/Folhapress) - Folhapress


No mês passado, as vereadoras Bruna Biondi, Fernanda Gomes e Paula Aviles lançaram um abaixo-assinado que já supera 3 mil adesões a favor da mudança, segundo Biondi.

Elas pedem que o prefeito altere o nome do centro médico para "Maria Odília Teixeira", em homenagem à primeira médica negra do país, e envie um projeto de lei à Câmara de Vereadores para chamar a rua de "8 de Março", em referência ao Dia Internacional da Mulher.

"Essas vítimas de Samuel andam pela cidade. Imagine você e sua família saírem na rua e verem o nome de uma pessoa que te abusou e te aliciou sendo homenageada", diz a vereadora.

No fim de abril, o mandato coletivo organizou uma manifestação em frente à sede das Casas Bahia em São Caetano. O município tem importância histórica na trajetória da família Klein porque foi onde Samuel se estabeleceu nos anos 1950 quando imigrou para o Brasil.

Um dos filhos de Samuel Klein, Saul, tem mais de 30 denúncias contra ele sendo investigadas pelo Ministério Público de São Paulo.

A Via, empresa dona das Casas Bahia, afirma que a família Klein nunca exerceu papel de controle na holding, formada em 2011 para gerir marcas como Casas Bahia e Ponto Frio. Diz também que a holding não tem bloco controlador e, dessa forma, não comenta sobre casos que possam ter ocorrido em período anterior ao da atual gestão.

"A Via é muito clara em seus valores e princípios de conduta. Repudiamos veementemente todo tipo de assédio, práticas ilegais e atos discriminatórios em nossas dependências", diz a empresa em nota.

A assessoria de imprensa de Michael Klein, outro filho de Samuel, também não comenta.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.