Tal qual erva daninha, a palavra "ecossistema" deixou os livros de biologia e foi infestar as apresentações que os donos de startups fazem para conquistar seus investidores.
Em geral, não se está falando de sustentabilidade. O ecossistema pode ser de investimentos, de inovação, de empreendedorismo social, de saúde, de fintechs, de fidelidade, ou de oportunidades. As empresas passaram a ter seus próprios ecossistemas, com clientes, prestadores de serviços e fornecedores.
Já há quem apresente ideias de negócios falando em "ecossistema cervejeiro". Uma startup de lubrificantes veganos para mulheres, por exemplo, pode dizer que seu produto é compatível com o "ecossistema íntimo".
O vocabulário dos startupeiros é mutante, evolui de tempos em tempos. O tradicional termo "disruptivo", aquilo que toda startup queria ser até pouco tempo atrás, agora é considerado fora de moda. Segundo o sócio de um grande fundo do setor, hoje em dia, é melhor falar simplesmente que a ideia é "nova" ou "inovadora".
Com Mariana Grazini, Andressa Motter e Filipe Oliveira
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