Associações representantes das empresas de planos de saúde enviaram nesta sexta (18) uma carta aberta ao Congresso listando 14 fatores que, segundo elas, pressionam os custos da saúde suplementar desde o início da pandemia.
FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), CMB (confederação de hospitais), Unidas (das instituições de autogestão em saúde) e Unimed assinam o documento.
Entre os pontos, elas destacam o recorde de ocupação de leitos no primeiro quadrimestre de 2021, o aumento das internações eletivas com a retomada de procedimentos que vinham sendo adiados por causa da pandemia, a inflação de insumos da área da saúde e a escassez de medicamentos usados no tratamento da Covid-19.
Na carta, elas também citam o possível reajuste negativo dos planos individuais e familiares, que está em aprovação pelo Ministério da Economia.
“Nosso intuito é evitar sobrecarga ainda maior sobre um sistema já sob estresse; intervenções que resultem em quebras de contrato e suspensão de regras que dão sustentabilidade a operadoras e prestadores; e incorporação de novos custos que dificultem o acesso de mais brasileiros a planos de saúde”, diz o documento.
As signatárias dizem, ainda, que algumas propostas em discussão na Câmara e no Senado ameaçam o equilíbrio econômico-financeiro da saúde suplementar.
A iniciativa das empresas do setor é um desdobramento da pressão das entidades de defesa do consumidor para tentar postergar o reajuste dos planos de saúde em 2021 por causa da pandemia, como aconteceu no ano passado.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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