Empresários do setor de turismo querem tentar convencer Bolsonaro a abrir mão de uma das primeiras medidas tomadas em seu governo: a extinção do horário de verão, que veio por meio de um decreto ainda em abril de 2019. Eles argumentam que o retorno pode beneficiar o turismo nacional, estendendo o horário das atividades ligadas ao setor, além de representar uma economia na energia elétrica diante da preocupação com a crise hídrica. Entidades filiadas à CNTur (Confederação Nacional do Turismo) do Paraná, da Bahia e de Santa Catarina vão enviar o pedido ao governo. Mas a tarefa não deve ser fácil, porque o presidente sempre reclamou da mudança no relógio, defendendo que ela não gerava economia de energia.
Quando tomou a decisão no inicio do mandato, Bolsonaro também apostava que a produtividade do trabalhador brasileiro aumentaria, porque, segundo ele, o horário de verão afetava o relógio biológico da população.
Fábio Aguayo, diretor da CNTur, tem cautela ao falar em potenciais impactos do horário de verão sobre o consumo de energia. "Sabemos que não é uma economia expressiva, mas qualquer coisa é importante para nós neste momento. Além disso, quando se fala em horário de verão, vem uma ideia de preservação na cabeça das pessoas", diz Aguayo, que também é presidente da Abrabar, associação de bares e casas noturnas.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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