O cenário parece desfavorável para a volta de Rogério Caboclo ao comando da CBF, mas há patrocinadores da seleção brasileira com receio de qualquer possibilidade de retorno do cartola à presidência.
Eles avaliam que a associação de suas marcas a um homem acusado de assédio sexual seria extremamente negativo e fazem gestão para o afastamento definitivo de Caboclo.
É grande o desconforto entre parceiros comerciais da CBF de ver suas imagens atreladas aos casos de assédio denunciados por uma funcionária da entidade. Juntos, eles são responsáveis por boa parte do investimento feito no futebol brasileiro.
Representantes de grandes marcas dizem estar preocupados porque sentem que a comoção em torno do caso perdeu força, inclusive nos movimentos feministas que fizeram algumas manifestações, como a da seleção feminina no mês passado, uma iniciativa que, na opinião deles, favoreceria a desligamento do dirigente.
Diante da denúncia contra Caboclo no início de junho, o conselho de ética da CBF decidiu afastar o presidente do cargo por 30 dias, prazo que foi estendido por mais 60 dias na semana passada pela diretoria da comissão.
Cabe agora à CBF deliberar um parecer sobre o caso, que deve ser submetido à assembleia geral da comissão, composta por 27 presidentes de federações estaduais.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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