A reforma na pista de Congonhas, que começou em fevereiro deste ano, enfrenta resistência de moradores do entorno. A vizinhança receia que as obras abram caminho para elevar o fluxo de voos e o porte das aeronaves, além de ampliar o horário de funcionamento do aeroporto, agravando a poluição e o trânsito. A reforma, de R$ 122,5 milhões, cria uma área de escape de concreto maleável e deve tornar o aeroporto mais atrativo para o leilão do ano que vem.
“Queremos saber se, além da questão da segurança, isso vai levar a um outro tipo de funcionamento do aeroporto”, diz Guilherme Canton, presidente da ANMA, associação que reúne moradores de Moema, zona sul de São Paulo.
A ANMA e outras três entidades da região levaram os questionamentos sobre a reforma ao Ministério Público Federal de SP, que abriu um inquérito civil em junho.
Procurada pelo Painel S.A., a Infraero afirma que foi notificada pelo MPF. “A reforma incrementa a segurança, sem intenção de aumentar categoria de aeronave para permitir voos internacionais ou estender o horário de funcionamento do aeroporto”, diz.
Congonhas também passa por outra reforma em suas instalações que vai permitir a retomada da aviação executiva internacional.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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