Os fabricantes de geladeiras estimam que os investimentos para adequar suas linhas de produção ao novo padrão dos selos de economia de energia, que o Inmetro divulgou nesta quarta (4), devem girar em torno de R$ 300 milhões até 2030, quando está prevista a terceira fase da mudança.
Durante as discussões sobre o processo, a indústria diz que enviou seu pleito ao Inmetro para tentar amenizar o impacto dos investimentos no preço dos produtos da categoria chamada "de entrada", ou seja, os mais baratos.
Segundo a Eletros (associação do setor), as geladeiras mais acessíveis terão uma curva mais suave de adaptação aos novos padrões de eficiência energética, o que ajuda a diluir os investimentos.
A aceleração das mudanças exigiria grandes recursos em pouco tempo, o que poderia sobrecarregar a indústria gerando repasses ao consumidor. Pelos estudos da Eletros, o produto poderia ficar até 30% mais caro se tivesse de se adaptar ao novo regramento de imeadiato.
"Em um cenário com refrigeradores menos acessíveis, o consumidor de baixa renda deixaria de comprar novos produtos, optando por reformar sua antiga geladeira ou até mesmo comprando uma usada. Isso resultaria em aumento do consumo de energia e na conta de luz, já que os produtos mais antigos são menos eficientes", diz Jorge Nascimento, presidente da Eletros.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.