Painel S.A.

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel S.A.

Sindicato de trabalhadores volta a rejeitar adesão ao manifesto da Fiesp

Presidente da Força Sindical diz que foi abordado pela segunda vez para assinar

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O presidente do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, diz que voltou a receber mensagens da Fiesp nesta terça-feira (31) consultando se a entidade gostaria de assinar o manifesto pela harmonia entre os Poderes. Segundo ele, o novo prazo de adesão é "ao longo desta semana".

Torres, que também é presidente da Força Sindical, afirma que já havia se recusado a assinar na semana passada, quando foi abordado pela primeira vez. "Continua sendo não. Eu nem respondi agora. Mas não vamos", diz.

As centrais sindicais têm criticado o documento porque consideram que falta firmeza no conteúdo do texto. Na avaliação das entidades, o manifesto organizado por Paulo Skaf, presidente da Fiesp, distribui a culpa entre Executivo, Legislativo e Judiciário, quando deveria ser mais assertivo em responsabilizar Bolsonaro pela crise.

Nesta segunda-feira (30), os sindicalistas divulgaram um texto próprio assinado por dez centrais dizendo que o país vive no limiar de uma grave crise institucional.

"O próprio presidente se encarrega de pessoalmente gerar confrontos diários, criando um clima de instabilidade e uma imagem de descrédito do Brasil", escreveu o grupo.

Se, por um lado, os trabalhadores consideraram leve o texto de Paulo Skaf (que é visto como um dos representantes do setor privado com maior aproximação com o presidente), por outro, o governo interpretou o documento como uma crítica, especialmente no momento em que estão acontecendo outras manifestações contrárias à gestão Bolsonaro no empresariado.

No setor financeiro, a circulação do manifesto levou Banco do Brasil e Caixa a ameaçarem deixar a federação dos bancos Febraban, se a entidade assinasse o documento.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.