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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Ministro da Infraestrutura suspende agenda em Guarulhos para cuidar de crise em Brasília

Tarcisio de Freitas foi estimulado a comparecer a evento sobre trem no aeroporto, mas preferiu ficar

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São Paulo

O evento da assinatura do contrato para a construção do trenzinho que vai ligar a estação Aeroporto da CPTM aos terminais de Cumbica, nesta quarta (8), poderia ter se transformado em vitrine para a potencial candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarcisio de Freitas, a governador de São Paulo em 2022.

Dentro do governo Bolsonaro, até tentaram estimular o ministro a comparecer ao evento. Acharam que seria interessante enviá-lo para marcar território do governo federal em uma agenda positiva que vinha sendo prometida ostensivamente pelo governador de São Paulo João Doria, inimigo político de Bolsonaro.

Ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro, Tarcísio Freitas, durante cerimônia de Lançamento de Autorizações Ferroviárias, no Palácio do Planalto - Pedro Ladeira - 02.set.2021/Folhapress

Na terça (7), no calor dos protestos bolsonaristas, a agenda do ministro para o dia seguinte não estava definida. Havia ainda a perspectiva de marcar presença no evento em Guarulhos, mas veio a convocação para o conselho de governo, e Tarcisio de Freitas resolveu ficar em Brasilia para tentar ajudar na crise institucional.

A presença do ministro em seu posto na capital federal acabou sendo oportuna por outro motivo: as paralisações de caminhoneiros, que desde 2018 não passavam de tentativas frustradas, viraram uma grande dor de cabeça nesta quarta, com dezenas de registros de concentrações e tentativas de bloqueios.

Marcelo Sampaio, secretário-executivo, e Ronei Glanzmann, secretário nacional de aviação civil, representaram o Ministério da Infraestrutura no evento. Também compareceram o prefeito de Guarulhos, Gustavo Costa, o diretor-presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Juliano Noman e o diretor-presidente do GRUAirport, Gustavo Figueiredo.

O governo de São Paulo não mandou representantes, segundo a assessoria do GRUAirport.

Chamado de People Mover, o projeto envolve investimentos de mais de R$ 270 milhões em valores atuais e tem prazo contratual para execução em 24 meses, mas há previsão de antecipação da entrega, segundo a Secretaria Nacional de Aviação Civil.

O trem automatizado vai percorrer um trecho com mais de 2.700 metros de extensão. Serão três veículos, com capacidade para 200 usuários cada, equipados com ar-condicionado, wi-fi e espaço para bagagens.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

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