A rentabilidade de fundos que investem em urânio, matéria-prima usada como combustível nas usinas nucleares, está em alta nas gestoras de investimento.
A Vitreo registrou valorização acima de 23% em outubro do fundo de urânio lançado pela empresa em janeiro. Segundo a gestora, a crise energética mundial está impulsionando a demanda pelo metal, elevando também o preço.
Já na Warren Asset, que inseriu o urânio em seu fundo de estratégia ESG em julho, o rendimento dos investimentos no metal foi de quase 22,5% neste mês.
Segundo Rafael Siqueira, sócio-diretor da L2 Capital, o fundo de urânio criado em 2018 pela gestora rendeu 17,5% no terceiro trimestre deste ano.
Ele afirma que o processo global de transição energética também contribui para a valorização do urânio, e que há um desequilíbrio entre oferta e demanda.
"Pelo lado da oferta, o preço subiu recentemente porque alguns fundos de investimento fizeram grandes compras de urânio físico. Hoje, a produção primária está abaixo da demanda, existe um déficit no setor", diz Siqueira.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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