A flexibilização no uso de máscaras em algumas cidades já começa a derrubar a demanda e o preço do produto.
Nas farmácias da rede Raia Drogasil, o número de unidades vendidas caiu 40% nos últimos três meses. Os preços acompanharam a tendência com queda, em média, de 15%, segundo a empresa, que ajustou a reposição das máscaras ao novo padrão de demanda.
A perspectiva é seguir neste ritmo nos próximos meses, diz a Raia Drogasil.
A Panvel viu as vendas caírem 5% no último trimestre em relação ao período anterior. O resultado é puxado pelas máscaras de tecido, cuja procura recuou 13% nos últimos meses. A venda das descartáveis segue aquecida, com projeção de crescer ainda 5% a 10% nos próximos dois meses.
Nas farmácias da rede, o preço das máscaras cirúrgicas está em média 25% mais barato, enquanto os modelos PFF2 e KN95 caíram 15%, segundo a empresa, que diz ter reduzido em cerca de 80% o número de fornecedores no ano.
A Animaseg, associação que reúne a indústria de PFF2, já observou redução de cerca de 20% na demanda por máscaras na comparação com o pico de 2020 e prevê acomodação em um patamar abaixo do atual.
O mercado de máscaras PFF2, usadas como EPI (Equipamento de Proteção Individual) por trabalhadores, triplicou na pandemia. A quantidade de empresas que fabricam ou importam o produto saltou de 28 em fevereiro de 2020 para 86 em outubro deste ano.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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