O comércio conseguiu atravessar a temporada de vendas de Natal sem grandes estragos pela chegada da ômicron e da gripe nas últimas semanas.
Nabil Sahyoun, presidente da Alshop (associação de lojistas), calcula um crescimento real em torno de 10% em relação ao ano passado. O desempenho não é extraordinário se considerada a base baixa de 2020, mas pode ser celebrado diante do cenário de crise e inflação.
As dispensas de funcionários por contaminação pelas doenças não chegaram a comprometer o atendimento dos clientes na véspera, segundo ele. "Não tivemos registro de Covid nas lojas, nem situação de gripe mais ostensiva, que merecesse criar uma estatística", diz Sahyoun.
Nos bares e restaurantes, outro setor fortemente impactado nos períodos mais graves da pandemia, a situação segue tranquila por ora, segundo Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (associação dos estabelecimentos).
Casos de gripe foram registrados em funcionários de estabelecimentos de Alagoas, Goiás e do Rio Grande do Norte, mas os empresários dizem que as ocorrências estão dentro da normalidade. Já no Nordeste, o problema é a dengue.
Segundo Solmucci, as cidades do Rio de Janeiro e de Niterói registraram muitos casos de gripe entre funcionários, mas o quadro já está em ritmo de queda. Enquanto isso, Pará vê o número aumentar.
A indústria já levanta preocupação com a contaminação de funcionários. No setor têxtil, antes das férias coletivas iniciadas no Natal, algumas fábricas do Rio de Janeiro relataram alta nos afastamentos de trabalhadores por causa de gripe, segundo Fernando Pimentel, presidente da Abit (associação da indústria).
com Andressa Motter e Ana Luiza Tieghi
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