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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Leilão em Alagoas mostra interesse por projetos de saneamento básico

Projeto para 61 municípios atraiu novos competidores, que pagaram alto por concessões

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São Paulo

O novo leilão para concessão de serviços de saneamento básico em Alagoas realizado nesta segunda-feira (13) mostrou que os investidores continuam com apetite para apostar no setor.

Os dois blocos que estavam em disputa, que aglutinam 61 municípios de diferentes condições socioeconômicas, atraíram competidores que não tinham participado de outros leilões realizados após a criação do novo marco legal do setor, e as empresas que saíram vencedoras pagaram alto pelas concessões.

Na cidade de Jacaré dos Homens, sertão de Alagoas, o funcionário da Casal (Companhia de Água e Saneamento de Alagoas), observa furo clandestino, feito na adutora de água tratada que vem do rio São Francisco - Eduardo Knapp-19.nov.10/Folhapress

O governo estadual arrecadou R$ 1,6 bilhão, valor próximo dos R$ 2 bilhões pagos pela concessão da região metropolitana da capital, Maceió, em setembro. "Isso mostra a determinação das empresas", diz Percy Soares Neto, diretor-executivo da Abcon, associação que representa as concessionárias privadas.

O resultado sugere que é possível atrair o interesse dos investidores mesmo em regiões mais frágeis economicamente, afirma o executivo. Críticos do novo marco legal do saneamento básico, aprovado pelo Congresso no ano passado, diziam que só áreas de maior poder econômico seriam atendidas.

Para fins de comparação, o valor da outorga paga no leilão pelos dois blocos de municípios de Alagoas, que reúnem 1,3 milhão de habitantes, equivale a R$ 1.230 por pessoa a ser atendida. No leilão da região metropolitana de Maceió, o valor da outorga por pessoa ficou em R$ 1.300.

No Rio de Janeiro, que concedeu três blocos em abril deste ano para levar saneamento básico a 11 milhões de pessoas, o investimento ficou na casa de R$ 2.000 por habitante.

Para Soares, fez diferença em Alagoas o relacionamento fluido entre o governo estadual e os municípios, desde a elaboração do projeto até a distribuição de outorgas, o que tende a facilitar a operação das empresas.

Com Ricardo Balthazar (interino), Andressa Motter e Ana Paula Branco. ​

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